quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Tudo sobre o estresse!

Falar de estresse todo mundo fala – mas pouca gente sabe o que, de fato, é esse mal. 


Quando nossos ancestrais se deparavam com situações de perigo, como o encontro inesperado com um animal, precisavam defender-se – seja atacando ou fugindo. As duas reações possíveis demandam uma série de ajustes do corpo. O batimento cardíaco acelera porque tem que bombear mais sangue, os músculos precisam receber mais energia, há um aumento da respiração e da pressão arterial, entre outras coisas.. 

Atualmente, vivendo em cidades e enfrentando problemas bem diversos dos da selva – como pressões para atingir metas –, o corpo continua preparando-nos para lutar ou fugir quando nos sentimos ameaçados. Mas, em geral, não partimos para a briga física, nem saímos em disparada. E toda a adrenalina, por exemplo, liberada em nosso sangue, fica sem função.
Sinais
Ninguém adoece, devido ao estresse, de um dia para o outro. E o próprio corpo avisa que as coisas não vão bem, basta prestar atenção. Confira alguns sinais que podem indicar estresse:
  • ·         sensação de desgaste constante
  • ·         alteração de sono (dormir demais ou pouco)
  • ·         tensão muscular
  • ·         formigamento (na face ou nas mãos, por exemplo)
  • ·         problemas de pele
  • ·         hipertensão
  • ·         mudança de apetite
  • ·         alterações de humor
  • ·         perda de interesse pelas coisas
  • ·         problemas de atenção, concentração e memória
  • ·         ansiedade
  • ·         depressão

Causas
Os chamados estressores podem ser:
  • ·         internos: da própria pessoa, ligados a características de personalidade, como perfeccionismo, pressa, querer fazer tudo ao mesmo tempo.
  • ·         externos: do ambiente. Mudanças em geral, até mesmo as positivas, desencadeiam estresse – porque exigem uma adaptação. Assim, são grandes fatores estressantes externos, por exemplo: o nascimento de um filho, mudanças profissionais (troca de emprego, promoção, demissão), aposentadoria, mudança de casa, divórcio, doença ou morte de pessoas queridas. Mas há também os pequenos, como o trânsito, que pode acabar tendo um peso importante para muitas pessoas.

Veja o potencial estressante de algumas situações, sendo 100 o maior possível*.
  • ·         morte do cônjuge - 100
  • ·         divórcio - 73
  • ·         prisão - 63
  • ·         morte de um parente querido - 63
  • ·         casamento - 50
  • ·         demissão do trabalho - 47
  • ·         aposentadoria - 45
  • ·         reconciliação conjugal - 45
  • ·         gravidez - 40
  • ·         grandes conquistas pessoais - 28
  • ·         problemas com o chefe - 23
  • ·         férias - 13

*Fonte: The Social Readjustment Rating Scale, dos psiquiatras Thomas H. Holmes e Richard H. Rahe, ambos da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.
Como evitar e tratar
É bom lembrar que estresse todo mundo tem, mas até certo ponto. No dia-a-dia, situações diversas apresentam-se para as pessoas, que se adaptam a elas. É preciso ter estresse para poder viver. O problema é quando ele se torna excessivo, quando supera a capacidade de adaptação da pessoa ou quando ele persiste por muito tempo.
Algumas atitudes simples podem evitar ou amenizar o estresse:
  • ·         dormir bem
  • ·         cuidar da saúde
  • ·         alimentar-se de forma saudável
  • ·         praticar atividades físicas
  • ·         proporcionar-se momentos de prazer
  • ·         refletir sobre a maneira de lidar com as situações e buscar mudanças

"Se com esses cuidados a própria pessoa não conseguir controlar os níveis de estresse, deve procurar ajuda profissional", aconselha a profissional.
Três procedimentos ajudam a tratar o estresse:
  • ·         identificar os estressores
  • ·         aumentar a resistência pessoal a ele
  • ·         quando for possível, eliminá-lo

Quão estressante é um fator depende sempre do fator em si e da forma que a pessoa lida com ele.
Já os estressores internos, aqueles que são resultado de características de personalidade, requerem um trabalho maior. Ninguém muda com pequenas dicas, e psicoterapia pode ser necessária. Quando o jeito de lidar com as coisas é problemático, é aconselhável procurar um psicólogo. No tratamento, o psicólogo ajuda o paciente a encontrar formas de contornar os estressores que não podem ser mudados. Se meu problema é o trânsito, vou tentar horários, rotas alternativas. Se não tenho escolha, não vou ficar dentro do carro chorando e gritando. Eu posso aproveitar esse tempo para ouvir música, uma fita de idiomas, ler alguma coisa enquanto está parado. Precisamos resolver o que fazer com o problema.
Importante: em nenhum momento deve-se lançar mão da automedicação. Não existe medicação para tratar estresse. Alguns médicos prescrevem complexos vitamínicos. Se o estresse for crônico e evoluir para um estado depressivo ou ansioso, encaminhamos para avaliação de um psiquiatra.

Fonte: http://www.einstein.br/einstein-saude/em-dia-com-a-saude/Paginas/tudo-sobre-o-estresse.aspx 
Imagens: da internet.

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