O “Dia Mundial do Coração” é lembrado no último domingo de
setembro. Este ano, o enfoque visa a atingir crianças e adolescentes. Isso
porque a aterosclerose, causa básica das doenças cardiovasculares, tem o início
de seu desenvolvimento nesta fase, avançando ao longo dos anos e levando à
morte prematura na vida adulta por suas complicações.
Segundo uma pesquisa do IBGE, 78% das crianças ficam mais do
que duas horas por dia na frente da TV, e apenas 43% fazem mais do que 300
minutos de atividade física por semana. Criança com excesso de peso tende a ser
adulto obeso e mais propenso a desenvolver diabete, hipertensão arterial,
derrame (acidente vascular cerebral) e infarto do miocárdio, cada vez em idades
mais jovens.
Dados oficiais da Sociedade Brasileira de Cardiologia
informam que atualmente 54% dos homens e 48% das mulheres brasileiras estão
acima do peso. Apenas 23% da população ingere a quantidade diária recomendada
pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de cinco ou mais porções ao dia de
frutas, verduras e legumes, enquanto 31,5% consomem carne gordurosa, e 26%
tomam refrigerantes regularmente.
Embora a doença raramente se manifeste na infância ou
adolescência, os fatores e comportamentos de risco que aceleram o
desenvolvimento da aterosclerose iniciam-se nesta faixa etária. As ações para
redução destes fatores podem retardar a progressão clínica da doença de forma
significativa. Já se sabe que os mesmos fatores de risco que se relacionam à
doença cardiovascular no adulto se mostraram também associados a lesões de
aterosclerose em crianças e adultos jovens.
Os efeitos de múltiplos fatores de risco para aterosclerose
das coronárias são encontrados já na faixa etária pediátrica. Assim, medidas de
prevenção e intervenções precoces relacionadas aos fatores de risco
modificáveis devem ser implantadas de forma forte e persistente. Elas são:
1- Evitar tabagismo ou sua iniciação;
2- Controlar o peso;
3- Incentivar a prática de atividades físicas e esportivas;
4- Dieta saudável e balanceada
Com isso, certamente poderemos retardar o desenvolvimento da
doença aterosclerótica, uma vez que sua progressão depende não somente da
presença dos fatores de risco, mas também da falta controle eficiente deles,
expostos, muitas vezes, silenciosamente nos pacientes por longo do tempo.
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